
O recém-lançado álbum “Um e meio” reafirma a criatividade do primeiro trabalho. Canções que falam de amor, de amores, de amados e de amigos. Músicas para se divertir e se emocionar. Tem de tudo: forró, xote, samba, bossa e rock. Para falar bem a verdade, nem sei se é possível estabelecer uma classificação de ritmos para o som do Graveola. É uma mistura de coisas boas de serem ouvidas. Das 14 faixas do álbum, destaque para “Coquetismo”, “Eu aqui por enquanto”, “Pero no mucho” e “Desencontro”. Aquelas em que dá vontade de ficar no “repeat” durante a noite toda, sabe? Delícia! “Graveola e o Lixo Polifônico” é formado por Flora Lopes, João Paulo Prazeres, José Luis Braga, Luiz Gabriel Lopes, Marcelo de Podestá e Yuri Vellasco.
Interessante destacar também os instrumentos utilizados pela banda. Experimentam novos sons em objetos inusitados, como brinquedos infantis e utensílios domésticos. Uma mistureba que, no final, acaba dando muito certo. Quem quiser conhecer o trabalho da banda e fazer o download dos álbuns, basta acessar o site www.graveola.com.br. Recomendo!
“Vim trazer meu carnaval de lá / onde não existe alguém que saiba sambar / encarnar carnavalizar um som / pois eu sei que tenho o dom de me iludir / e eu vou correndo louco / nesse gingado frouxo / quem sabe amanhã, ver o céu à tardinha / e eu vou cantando rouco / nesse compasso torto / quem sabe amanhã, ver o céu, atar” (Graveola e o Lixo Polifônico – Samba de outro lugar)
*Texto publicado na coluna Mirante do jornal VALE DO AÇO em 07/03/2010